Carioca, nascido em 1949 no bairro de São Cristóvão, casado com a médica Maria de Fátima Pinheiro, dois filhos e dois netos, o médico-pediatra Paulo Pinheiro formou-se após cursar seis anos na Faculdade de Ciências Médicas da UEG (atual UERJ). Concluiu a pós-graduação em Pediatria da PUC na Policlínica de Botafogo, com o Professor Álvaro Aguiar, e tem os títulos de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria e de Administração Hospitalar pela UERJ. (Continua)

29 de abr. de 2008

PORTUGUESES E LUSO-DESCENDENTES VOTAM NO CONSULADO

Neste domingo (27/07), as instalações do Consulado de Portugal no RJ foram tomadas por centenas de portugueses e luso-descendentes que foram exercer o direito cívico do voto. A eleição visava escolher os representantes para o Conselho das Comunidades Portuguesas, que têm como função levar ao governo português as necessidades das comunidades que se encontram fora do país. O conselho foi criado pelo governo português para representar os interesses de todos os emigrantes.
Três chapas participaram da acirrada eleição: "A", "E" e "G", que apresentaram várias plataformas eleitorais.
Eu e o meu pai, Sr. Diamantino, de 84 anos, estivemos presentes e exercemos nosso direito constitucional. Até enfrentamos uma longa fila para votar.
A chapa "E" foi a vencedora do pleito. Parabéns ao Angelo Horto e seus companheiros de chapa.

Sr. Diamantino e eu na votação

QUAL É O QUADRO DA DENGUE HOJE?

Analisando os dados divulgados nesta segunda-feira (28/04) pelas autoridades de saúde, podemos notar que o número de casos notificados subiu para 64.651. Dos 155 bairros que constituem a cidade, 145 (94%) já apresentam taxa epidêmica. O número de mortos chegou a 58. No estado já são mais de 110.000 casos com 95 óbitos. O número de internações está caindo, mas as estatísticas estão muito atrasadas.

O especialista cubano que está no Brasil disse que é preciso educar a população na escola, melhorar o saneamento e o abastecimento de água. Eric Martins vai visitar os hospitais municipais. Gostaria que ele visitasse os postos de saúde!
*tirinha publicada no jornal A Tribuna (Vitória, ES)

28 de abr. de 2008

Aproveito para publicar aqui no blog um artigo que escrevi para o jornal "Portugal em Foco", que será publicado na próxima quinta feira, dia 01/05.



UM RIO SEM SAÚDE: ATÉ QUANDO?

E no Rio de Janeiro...

Hospitais têm recorde de jovens baleados.
Em 2008 vivemos a maior epidemia de dengue da nossa história.
Campeão brasileiro de tuberculose.
Líder nacional de mortalidade materna.
Altas taxas de hanseníase.
Elevadíssima incidência de gravidez na adolescência.
A capital com a menor cobertura do programa de saúde da família.

Estas são algumas das manchetes que freqüentam os noticiários dos jornais, rádios e televisões da cidade, em pleno século XXI. Entretanto, somos surpreendidos com um outro conjunto de informações oficiais: ao mesmo tempo encontramos aqui o maior número de hospitais públicos do Brasil, bem como o maior número de instituições públicas de ensino e pesquisa em saúde. No Rio de Janeiro trabalham hoje mais de 70.000 médicos. No Rio de Janeiro, 49 % dos seis milhões de habitantes são usuários de planos ou seguros de saúde suplementar.
Quais as explicações para discrepâncias tão grandes em relação à saúde na capital cultural do Brasil? Como mudar este quadro?
O que enfrentamos hoje no RJ é um gravíssimo problema de gestão na área de saúde. As três esferas de governo não se entendem, insistem em infrutíferas retaliações e cada uma delas acaba por não cumprir o seu papel. O resultado é este que estamos assistindo na atual epidemia de dengue: uma enorme inoperância administrativa.
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, responsável pela atenção básica, não executa a sua função e, conseqüentemente, a rede de postos de saúde não apresenta a resolutividade necessária. Além disso, o atual prefeito não acredita no Programa de Saúde da Família, o que faz com que tenhamos uma cobertura ridícula (menos de 8%). Desta forma podemos entender porque existem tantas pessoas na porta dos hospitais de emergência.
Precisamos que a saúde municipal se articule melhor com a estadual e com o Ministério da Saúde, e que as três instâncias de Poder possam articuladamente enfrentar os gravíssimos problemas que estão diagnosticados no início deste artigo. Além disso, é preciso dar um choque de gestão na administração municipal, tanto na saúde como na educação, no meio ambiente ou na ordem urbana. É urgente que se acabe com a política de "capitanias hereditárias” que se instalou na administração municipal do Rio.
Não tenho dúvidas de que nossos funcionários municipais são os melhores na administração pública do estado. Com isso, não precisaríamos ter os principais cargos comissionados de comando da máquina administrativa ocupados por indicações políticas, mas sim por mérito de servidores públicos que saberão utilizar as mais modernas ferramentas administrativas, tanto na saúde como em outras áreas. Não precisamos de tantos filhos substituindo seus pais.
Tenho esperanças de que dias melhores estão por chegar para o nosso município. Chega de perder a batalha para o mosquito!

27 de abr. de 2008

Já não se fazem mais professores como antigamente...

Uma pesquisa inédita encomendada pela FESP coloca em xeque a formação dos professores que ingressam na rede estadual do Rio de Janeiro. Com base no concurso de 2005, o estudo detectou que 52% dos docentes foram reprovados, ou seja, tiveram média abaixo de 5 numa escala de 0 a 10.

Dados do último Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) divulgados este mês são outra evidência da baixa qualidade do ensino na rede estadual. Na cidade do Rio de Janeiro, das cem escolas com notas mais altas na prova havia apenas uma do estado, o Colégio de Aplicação da UERJ. Na ponta de baixo, entre as cem piores, 99 são estaduais.

Entre os professores mais bem classificados na prova, um deles falou sobre a sua rotina de trabalho. Para poder se sustentar, trabalha com duas matrículas na rede pública e mais duas na rede privada. O salário inicial nas matrículas públicas é de aproximadamente R$ 600,00.

Os especialistas em educação avaliam que estes resultados demonstram a baixa qualidade do ensino médio e fundamental no nosso país. A Educação, assim como a Saúde, passa por um estado de negligência que dura muitos anos, e pelo visto não tem previsão de acabar.

Já não se fazem mais médicos como antigamente...

Alunos de cem faculdades de medicina de todo o país participaram no ano passado de uma de uma avaliação organizada pelo Ministério da Educação, com o nome de Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE/2007). Os resuldados foram divulgados agora pelo MEC, e mostram resultados no mínímo preocupantes. Trinta cursos obtiveram notas baixas e deverão ser submetidos a processo de supervisão, com riscos de cortes de vagas no próximo vestibular. Entre as medidas que deverão ser propostas pelo MEC a estas faculdades estão: a mudança de currículos, a contratação de professores e a redução de vags em vestibulares futuros.

Alguns problemas que ensino médico apresenta são alarmantes, como por exemplo diminuição no número de formados que desejam fazer especialização em pediatria e clínica médica - são as especialidades que não rendem lucros imediatos. Médico de família, então, nem pensar! As faculdades estão "preparando" cada vez mais especialistas". Daqui a pouco, teremos tantos anestesistas, tantos hemodinamissístas, tantos intensivistas que não caberão nas nossas cidades.

As mulheres de Mato Grosso devem ser processadas?

Na noite da última sexta-feira (25/04/08), participei do programa Espaço Público da TV-BRASIL, comandado pela jornalista Lúcia Leme, que colocou em discussão a proposta de um promotor de Campo Grande (MS) de processar 9896 mulheres que teriam se submetido a abortos em uma clínica da cidade. O programa teve ainda a participação do jornalista Milton Coelho da Graça e de uma advogada da OAB/RJ, Dra Maíra.


Deixei claro o meu total repúdio a esta medida, completamente estapafúrdia, proposta para a situação. Durante a minha participação no programa, deixei claro que o Estado precisa se preocupar muito mais em propor uma política pública viável no campo do planejamento familiar, com ênfase às políticas educacionais e cumprindo com a sua parte na oferta de condições técnicas que propiciem às mulheres que desejarem boas condições de prevenção à gravidez indesejada.

Este é um problema de saúde pública e não de polícia. O Poder Público de Mato Grosso deveria priorizar o uso dos neurônios e não dos músculos no encaminhamento deste caso.

25 de abr. de 2008

O Orçamento e a Saúde - Parte II

O Governo Federal diz que nao tem como colocar mais dinheiro na saúde. Mas após contingenciar 6% dos recursos que seriam aplicados no setor, o governo agora reune a sua base de sustentação na Câmara dos Deputados para tentar impedir a aprovação da Emenda Constitucional 29, que daria um reforço de 5 bilhões para o Minstério da Saúde. Gostaria de lembrar que tal emenda é uma bandeira de todas os profissionais da saude, inclusive dos petistas). Que metamorfose!

24 de abr. de 2008

Estatísticas atrasadas

Com um certo atraso, as estatísticas oficiais começam a desmonstrar agora o verdadeiro tamanho da epidemia da dengue no RJ. Os dados liberados nesta quinta feira mostram que o número de casos na Capital chegou a 60.420 e taxa é de 1031 casos/100.000 habitantes.
Hoje contabilizamos a infeliz marca de 56 óbitos na Capital do Estado e 93 no Rio de Janeiro. Volto a perguntar: Quais as medidas de planejamento que estão sendo preparadas para evitar uma nova epidemia em 2009?

O Catamarã quase foi a pique!

Todos (menos as autoridades da secretaria estadual de transportes) sabemos que os transportes efetuados pelas empresas que dominam a ligação hidroviária Rio/Niteroi-Niteroi/Rio estão cada dia piores. Inúmeras fiscalizações, inspeções e visitas foram feitas nos últimos meses. Mas resultado prático foi zero. Nesta quinta-feira, após enfrentar ondas de três metros, um catamarã foi invadido pela água e o pânico foi geral, a começar pela tripulação. Faltou organização e até mesmo coletes salva-vidas. Cadê as autoridades? E as providências tomadas? E os culpados ?

23 de abr. de 2008

As mortes em decorrência da dengue desmentem o Prefeito

Em 2008, a mortalidade já e maior do que em 2002. Agora ficou claro que o Aedes não respeita as ordens do prefeito do Rio de Janeiro. Apesar de Cesar Maia afirmar que não havia epidemia de dengue na cidade, os últimos números são claros: com 92 óbitos no Estado e 55 na capital estamos diante da pior epidemia de dengue já vivida pelos cariocas. Até ontem, eram 110.783 casos em todo o Estado, dos quais 59.094 são da Capital. A taxa epidêmica da cidade era de 1007 casos para cada 100.000 habitantes (muito acima do limite de 300 casos por 100.000 habitantes previstos pelo M.S). Dos 155 bairros da cidade, 137 apresentavam taxas epidêmicas (só 18 ainda apresentavam taxas inferiores). Curicica, Taquara e Campo Grande são os três bairros com maior número de casos. Então, fica a seguinte pergunta: O que estão fazendo as autoridades para que, no próximo verão, não ocorra uma nova epidemia?

O Orçamento e a Saude

GOVERNO FEDERAL FAZ DO ORÇAMENTO DE 2008 UMA PEÇA DE FICÇÃO CIENTÍFICA
Depois de muita luta, o Congresso Nacional aprovou com algumas emendas o orçamento de 2008 enviado pelo poder executivo. Na semana passada, o governo federal já havia feito novas projeções sobre o orçamento, elevando as despesas em R$ 16.9 bilhões e as receitas em R$ 3.3 bi.

Nesta quarta-feira (23/04), o governo federal resolveu mexer novamente no orçamento: o executivo resolveu contingenciar (cortar) R$ 19.4 bilhões do orçamento 2008, e deste valor, o setor que mais será prejudicado será a Saúde.

Desse jeito, teremos daqui para a frente um executivo que governará o país através de medidas provisórias e fazendo do orçamento uma peça de ficção científica.


PARECE QUE O GOVERNO NÃO QUER GASTAR MUITO COM A SAÚDE
Primeiro o governo alegava que a saúde seria prejudicada pelo fim da CPMF. Depois, o executivo cortou parte do orçamento aprovado pelo legislativo para a saude: eram R$ 43.250 bi que foram reduzidos para R$ 40.656 bi . São R$ 2.594 bi contingenciados do setor saúde.

Este é o mesmo governo que está reunindo a sua base de sustentação na Camara dos Deputados para tentar impedir a aprovação da Emenda Constitucional 29 (E.C-29) que já havia sido aprovada pelo Senado. Se esta E.C. fosse aprovada pela câmara, o Ministério da Saúde receberia mais R$ 5 bilhões de dotação orçamentária este ano.

Parece estraho que, para este governo, dinheiro para a saude somente serve se vier da CPMF.

22 de abr. de 2008

Cuca finalmente é campeão com méritos

Mostrando que é hoje um dos melhores técnicos de futebol do Brasil, Cuca levou o Botafogo ao título de campeão da Copa Rio, ao vencer o Fluminense por 1 x 0 no Maracanã. Agora, o Botafogo com alguns desfalques enfrentará o Flamengo em dois jogos que decidirão quem é o melhor do Rio. Em São Paulo, Wanderley Luxemburgo também mostrou porque é considerado outro grande treinador do futebol brasileiro. Levou o quase desmoralizado Palmeiras à final do campeonato paulista, vencendo o outrora imbatível São Paulo por 2 x 0. Agora, Palmeiras e Ponte Preta decidem o título paulista em dois jogos.

VITÓRIA HISTÓRICA NO PARAGUAI

Em eleição realizada neste domingo, os paraguaios elegeram o ex-bispo Fernando Lugo para presidir o país vizinho, interrompendo um domínio de seis décadas do Partido Colorado. Usando como pontos principais de sua prosposta a esperança e a mudança, Lugo leva o Partido Liberal de centro-esquerda a uma vitória histórica. Defensor da Teologia da Libertação e admirador de D.Hélder Câmara e de Frei Beto, o ex-bispo da Igreja Católica abandonou a bantina em 2006, quando teve a sua entrada na vida política proibida pelo Vaticano.

CANTINHO DAS CONCERTINAS


Todos os portugueses e luso-descendentes que gostam de relembrar a música portuguesa e culinária da "santa terrinha " não podem deixar de visitar o Cantinho das Concertinas. Fica no Mercado da CADEG, na Rua Capitão Félix n.º 110 - loja 11, em São Cristóvão. Todos os sábados, sob o comando do Carlinhos, você vai encontrar os amantes da boa música portuguesa e da sua culinária (bolinhos de bacalhau, sardinhas, além das famosas febras). Pode dançar um animado vira e conversar sobre tudo que se passa pela comunidade portuguesa no RJ. No último sábado, lá estavam os candidatos ao pleito para o Conselho das Comunidades Portuguesas, cuja eleição será no próximo domingo (27/4/08), no Consulado Geral de Portugal. Vamos todos dançar um VIRA!


Carlinhos e Eu


Representantes da Comunidade Luso-Brasileira

Jogando Botões como Antigamente

A garotada do século 21 pouco conhece este esporte que era muito comum nos anos 70 e 80. Falo do futebol de botão. Quando garoto, jogava frequentemente com meus amigos do bairro de São Cristóvão. Agora, redescobri este interessante esporte, que é praticado por um grande número de "coroas" na Praça Santos Dumont, na Gávea. Sob o comando do Hamilton Tavares Neto (49 anos), grande jogador e proprietário de uma pequena empresa (a Botão e Palheta, que fabrica e possui um coleção com mais de 30.000 botões), todos os domingos vários craques disputam campeonatos, trocam informações e relembram o passado.

A organização é tal, que um dos aficcionados o Otávio Bruno (professor de história) acaba de criar uma comunidade no Orkut chamada "Eu jogo botão na praça ". Lá, os membros discutem as regras e os modelos dos campeonatos.

Tenho obtido algumas vitórias e estou cada dia melhor na pontaria dos meus atacantes. Todos que quiserem participar, entrem em contato com o Hamilton na sua loja, que fica na rua Barão de Mesquita, n.º 526 - loja 2, ou pelo telefone 2288-2929. Se estiver com muita vontade de jogar apareça no domingo, às 10:00, na praça Santos Dumont (próximo à feira de antiguidades).

18 de abr. de 2008

Rápidas


A ALERJ NO NOTICIÁRIO POLICIAL
A situação na ALERJ está cada vez mais complicada. Ao invés de participar do noticiário político, aparece no noticiário policial. Primeiro foi o deputado envolvido com as milícias, depois foi a vez dos(as) deputados(as) envolvidos(as) no "bolsa-fantasma". Agora aparece um deputado envolvido em crime passional. Atenção população do RJ: nenhum dos deputados foi nomeado para o cargo, todos foram eleitos por vocês. Vale a pena repensar isso!


PARECE MENTIRA, MAS A DENGUE AVANÇOU AINDA MAIS!
Novos dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mostram que a EPIDEMIA DA DENGUE continua a avançar na capital do Estado. São 55.453 casos notificados de dengue e 54 óbitos. No Estado são 93.498 casos, com 89 óbitos. Além do RJ, a epidemia avança para Caxias, Nova Iguaçú e Angra dos Reis. Ainda assim o governo municipal continua negando a existência de uma epidemia.
Oh Cesar! Porque não te calas?

BAIRROS DO RJ QUE AINDA NÃO ESTÃO COM TAXA EPIDÊMICA:
Segundo dados divulgados pela SMS/RJ no dia 17 de abril de 2008, apenas 18 bairos do RJ ainda não apresentam taxa epidêmica (acima de 300 casos a cada 100.000 habitantes) da dengue. São eles: Flamengo, Leme, Copacabana, Ipanema, Leblon, Gávea, São Conrado, Todos os Santos, Vila Kosmos, Engenheiro Leal, Turiaçú, Oswaldo Cruz, Bento Ribeiro, Marechal Hermes, Vila Militar e Senador Vasconcelos.
Ou seja, os 137 bairros restantes apresentam taxas epidêmicas, o que significa que 88% da cidade já enfrenta a epidemia, apesar da negativa de algumas autoridades.

17 de abr. de 2008

Rápidas

"A PM DO RIO É O MELHOR INSETICIDA SOCIAL" - Com esta "incrível" declaração, o comandante do policiamento da capital coronel PM Marcos Jardim justificou o "sucesso" da operação realizada na Vila Cruzeiro/RJ, onde 9 pessoas morreram, 6 ficaram feridas e 14 foram presas. Sorrindo, o Cel. Marcos Jardim comentou com os jornalistas que existia um inseticida chamado SBP, mas agora existe o "SBPM" que é o melhor inseticida social. Deus nos proteja!

E A DENGUE CONTINUA A MATAR E AVANÇAR POR TODO O ESTADO
As secretarias estadual e municipal do RJ distribuiram hoje mais estatísticas sobre a dengue no RJ. Em todo o estado o número de casos subiu para 93.498, enquanto o número de óbitos subiu para 87 pessoas mortas pela doença. Deste total, 38 eram menores de 15 anos. Já na capital, o número de casos subiu para 53.789 e 52 óbitos. Dos 155 bairros da cidade 136 já apresentam índice epidêmico (300 casos/100.000 habitantes).
O que deveria preocupar a todos nós é o fato do nosso prefeito continuar dizendo que não existe epidemia, mas sim surtos pontuais. Deus proteja os cariocas e fluminenses!

14 de abr. de 2008

Rápidas

A DENGUE CONTINUA A CRESCER
Segundo dados liberados na noite desta segunda-feira pela Secretaria Municpal de Saúde o número casos notificados de dengue no munincípio do RJ cresceu para 50.386. Dos 155 bairros que compõe a nossa cidade, 133 (86%) já apresentam índices epidêmicos (superiores a 300 casos a cada 100.000 habitantes).

Os dois bairros que apresentam os maiores índices epidêmicos são: Curicica (Jacarepaguá) com 12.999 casos/100.000 hab., a seguir vem o bairro do Camorim (Barra da Tijuca) com 11.068 casos/100.000 hab.


CRESCE TAMBÉM A MORTALIDADE PELA DENGUE
Segundo informações oficiais da SMS/RJ, o número de óbitos devido à dengue aqui na capital do estado subiu para 51. O total de óbitos em todo o estado chegou a 83. No mesmo período, no ano passado, estes números eram : 26 óbitos na capital para 25.107 casos da doença.


MINISTRO DE LULA VAI RECEBER TROCO DA TAPIOCA
Informações que chegam de Brasília dão conta de que o Ministro dos Esportes receberá mais de 30.000,00 de troco do dinheiro que havia devolvido devido as confusões com o cartão corporativo. Parece que somente o recursos relativos à tapioca ficarão retidos. Este é o Brasil!

10 de abr. de 2008

Rápidas

A DENGUE AVANÇA NO ESTADO
Dados informados pela Secretaria Estadual de Saúde nesta quarta-feira dia 9 de abril confirmam 75.399 casos de dengue em todo o estado, sendo 45463 casos na capital. O número de mortes chegou a 79, sendo 46 na cidade do RJ. Em 2002, quando outra epidemia castigou o estado, foram 288.245 casos e 91 mortes.
Fica claramente evidenciada a maior letalidade da atual epidemia, principalmente pelo grande número de crianças (36 até agora) que perderam a vida nesta epidemia. Isto se deve a maior virulencia do virus tipo 2, que foi reintroduzido em 2008.


O ATENDIMENTO CONTINUA COM PROBLEMAS
Um exemplo pessoal: A Fátima, que trabalha na minha casa executando os serviços domésticos, começou a passar mal na noite de segunda-feira (8/4) com febre. No dia seguinte, já apresentava dores nas pernas, dor nos olhos e fraqueza. Ela procurou o Centro Municipal de Saúde da Gávea, onde foi atendida por uma médica que examinou-a e orientou-a para voltar no dia seguinte, porque naquele horário já não podia mais pedir exames. Ela voltou às 7 hs do dia seguinte, quando colheram o seu sangue para análise e a orientaram para que voltasse mais tarde para buscar o resultado (até aqui são 2 "vindas"e "2 voltas"). Voltou à tarde e recebeu o resultado que foi avaliado como "SUSPEITO". Com medo, a Fátima pediu para não voltar para casa, até porque não queria mais gastar tanto dinheiro com as passagens. A médica então disse que os hospitais e tendas estavam cheios e o melhor era ir para casa e voltar no dia seguinte. Nesse momento levei-a até a Tenda da Gávea, onde ela foi novamente reavaliada, já que vomitava muito e estava fraca. Fez exames e viu que as plaquetas estavam "caindo" e precisava de hidratação venosa. Este é um exemplo que mostra porque tantas pessoas estão piorando e até morrendo de dengue. A conduta do Centro de Saúde foi completamente equivocada.

AS ESCOLAS PARTICULARES E O ENEM
Algumas escolas particulares do RJ estão reclamando que não foram relacionadas na listagem do ENEM. O Ministro da Educação informou que a razão da ausência de tais escolas se deve ao boicote organizado pelo sindicato patronal que orientou as escolas a não responder as perguntas elaboaradas pelo MEC. Agora, as escolas reclamam que tiveram prejuizo com a omissão dos nome das suas empresas e o MEC atribui toda a responsabilidade ao sindicato patronal.

9 de abr. de 2008

No Rio de Janeiro a dengue mata!

Parece inaceitável, mas em pleno século 21, na capital cultural do país, onde Oswaldo cruz, desprovido de computadores e telefones celulares, conseguiu vencer o Aedes Aegyptys, fomos vencidos pelo mosquito da dengue. As autoridades da saúde não conseguiram matar o mosquito, nem evitar a morte de dezenas de pessoas. O inseto parece mais forte do que a máquina federal, composta pelo PT, PMDB, PR, PDT, PC do B, entre outros. Também encarou e venceu a máquina municipal do DEM, do prefeito César Maia. Passou voando pela máquina estadual do governador Sergio Cabral.

Mas por que será que, tanto no Mato Grosso, quanto em Niterói, a dengue foi vencida? O que acontece com a capital cultural do país? Por que somos campeões nacionais da dengue, tuberculose e da mortalidade materna? Será azar? Ou incompetência?

A resposta estará ao alcance de todos que souberem que o Rio de Janeiro tem a maior capacidade instalada na rede publica hospitalar do país. São dezenas de unidades de saúde herdadas da velha capital da república, que hoje estão ligadas aos governos federal, estadual e municipal. Apesar disso, temos uma das piores coberturas na atenção básica, ou seja: os centros e postos de saúde são insuficientes. Deveríamos ter em funcionamento 300 unidades básicas de saúde, mas infelizmente, existem pouco mais de 140. Este baixo número associado à falta de médicos, equipamentos e material, torna a resolutividade da atenção básica irrisória. Além disso, somos a capital brasileira com a menor cobertura do Programa de Saúde da Família. Deveríamos ter em funcionamento pelo menos 500 equipes do programa, mas dispomos apenas de 148.

Dados como estes explicam porque uma mulher grávida encontra tanta dificuldade ao procurar um posto de saúde para fazer o pré-natal, ou por que a mãe que tenta acompanhar a saúde do filho não consegue um pediatra. O cidadão carioca simplesmente não acredita que conseguirá atendimento nos postos de saúde, e logo procura os hospitais de emergência. Agora, na epidemia de dengue, não poderia ser diferente: perto de casa, não há o médico de família; no Posto de Saúde, não há pediatras ou clínicos em número suficiente. O que fazer? Corre-se para as emergências abarrotadas.

Além do caos na assistência, o poder público não foi responsável o suficiente para atacar e exterminar o "trio" ovo, larva e mosquito. Muito pelo contrário, acabou atacado pelo inseto, que por sua vez, deitou e rolou: aproveitou-se as propícias condições oferecidas pelas autoridades e tomou conta da nossa cidade e de seus habitantes.

A população deve ficar atenta dia e noite, sete dias por semana, sem trégua. temos que cobrar das autoridades todo o trabalho que não foi feito. a política pública deve ser repensada, com uma maior atenção para a rede básica. Novos Postos de Saúde precisam ser criados, sem esquecer de dar aos antigos as condições necessárias de funcionamento, com pediatras, clínicos, exames laboratoriais e de imagens, medicamentos e metas a cumprir. investir, sem mentiras ou desculpas, no programa de saúde da família também é imprescindível, já que são necessárias 150 novas equipes para que a população de risco fique segura, com atendimento perto de casa. Com estas medidas, poderíamos mudar a qualidade da saúde pública do Rio de Janeiro.

A dengue avança

Após a divulgação de novos números sobre a dengue no Rio de Janeiro, podemos fazer uma análise crítica da situação atual. A nova estatística liberada pela Secretaria Municipal de Saúde mostra que a epidemia continua a se disseminar por toda a cidade, vejamos os números:



Os dados mostram que o número de casos aumenta a cada dia, a taxa de incidência também já ultrapassou o valor determinado pelo Ministério da Saúde, que é de 300 casos por 100.000 habitantes. Também constatamos que 81% dos bairros da cidade já apresentam taxa epidêmica, além do aumento progressivo do número de óbitos.
Áreas como o Centro e adjacências, Tijuca/Vila Isabel e adjacências, Jacarepaguá e adjacências, além de Santa Cruz e adjacências, apresentam todos os seus bairros com índice epidêmico.

Os 7 bairros com maior incidência de casos são:

1º Curicica (Jacarepaguá) = 12685 casos/100.000 hab.
2º Camorim (Barra ) = 10687
3º Anil (Jacarepaguá) = 5155
4º Saúde (Centro) = 4528
5º Gardênia Azul = 4172
6º Bonsucesso = 3839
7º Cidade de Deus = 3198



Este é o verdadeiro quadro da atual situação da dengue no RJ.

É preciso que todos tenham acesso a essas informações, principalmente as autoridades, para que elas possam elaborar políticas públicas de qualidade e resolutivas.

5 de abr. de 2008

Rápidas

Filme

Uma boa dica de documentário é o novo filme do Michael Moore, "Sicko", que mostra como funciona o sistema de saúde norte-americano. No momento em que a opinião pública brasileira "descobre" a precariedade da saúde no Rio de Janeiro, é interessante fazer uma comparação das condições mostradas no filme com as nossas próprias mazelas.




Números
Vocês sabem quanto dinheiro os vereadores eleitos em 2004 liberaram para o prefeito Cesar Maia gastar em 2008?
Pois é, foram mais de 9 bilhões de reais para atender uma população de 6 milhões de habitantes, dos quais 2 mi estão em área de risco.
E você por acaso sabe quantas escolas a prefeitura mantém em funcionamento no Rio de Janeiro?
São 1040 escolas, onde as crianças recebem o ensino fundamental e a merenda escolar.


Falta gente?
Durante a epidemia da dengue, a prefeitura tem alegado que faltam médicos para o atendimento da população doente. Será que falta mesmo, ou isso é resultado de uma má gestão de RH?
Segundo dados disponibilizados pelo TCM, a SMS tem hoje 7400 médicos trabalhando, o que significa 1,5 médicos para cada 1000 habitantes, enquanto a OMS propõe o mínimo de um médico para cada 1000 habitantes. Ou seja, temos médicos em número suficiente: o problema está na distribuição. Nas unidades localizadas no centro da cidade, a proporção sobe para 4,9 médicos/1000 habitantes. Em compensação, na zona oeste, ela fica por volta de 0,57.