Carioca, nascido em 1949 no bairro de São Cristóvão, casado com a médica Maria de Fátima Pinheiro, dois filhos e dois netos, o médico-pediatra Paulo Pinheiro formou-se após cursar seis anos na Faculdade de Ciências Médicas da UEG (atual UERJ). Concluiu a pós-graduação em Pediatria da PUC na Policlínica de Botafogo, com o Professor Álvaro Aguiar, e tem os títulos de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria e de Administração Hospitalar pela UERJ. (Continua)

2 de jun. de 2008

O TRÂNSITO E SUA BRUTAL VIOLÊNCIA III

Apesar de todas as campanhas educativas e mesmo com os alertas das autoridades, o motorista brasileiro continua (principalmente devido à impunidade) matando e morrendo por causa da mistura álcool e direção.

Pesquisas divulgadas recentemente pelo Prof. Ronaldo Laranjeira da Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas da UNIFESP, com 5600 motoristas em entrevistas realizadas às sextas-feras e sábados nas cidades de SP, BH, Vitória e Santos, mostram que 30% dos motoristas examinados tinham algum nível de álcool no sangue, sendo que 19 % tinham mais de 6 decigramas de álcool por litro de sangue, o que caracteriza crime de trânsito.


Outra pesquisa realizada no Instituto Médico Legal de SP em 2005 mostra que, dos 3042 motoristas mortos em acidentes de trânsito, 44% apresentavam entre 1,7 e 2,4 decigramas de álcool por litro de sangue.
Estas duas pesquisas mostram como é comum o costume de dirigir sob efeito do álcool, principalmente porque as pessoas sabem que dificilmente serão flagradas. Não há fiscalização nos finais de semana, nem nos locais onde sabemos que encontraremos motoristas bêbados, como próximo das casas noturnas ou na orla marítima.

A certeza da impunidade está fazendo cada vez mais vítimas no trânsito.

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