Carioca, nascido em 1949 no bairro de São Cristóvão, casado com a médica Maria de Fátima Pinheiro, dois filhos e dois netos, o médico-pediatra Paulo Pinheiro formou-se após cursar seis anos na Faculdade de Ciências Médicas da UEG (atual UERJ). Concluiu a pós-graduação em Pediatria da PUC na Policlínica de Botafogo, com o Professor Álvaro Aguiar, e tem os títulos de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria e de Administração Hospitalar pela UERJ. (Continua)

2 de mai. de 2008

Caos na educação: ontem foi o ensino superior e médio, hoje é o fundamental

Segundo relatório divulgado pela UNESCO, somente 53,8 % das crianças brasileiras matriculadas na escola conseguem terminar a oitava série do ensino fundamental. O problema é provocado pelos altos índices de repetência e evasão. Esta alta taxa só se repete em paises africanos.
Este relatório de monitoramento da educação acompanha as medidas tomadas por 129 países para atingir a chamada "Educação para todos" em 2015. Nesta relação, o Brasil aparece na posição 76, atrás de Argentina, Chile, Uruguai, Venezuela, Perú, Equador, Bolívia e Paraguai.
Na avaliação de técnicos do setor, o Brasil comete dois equívocos simultaneamente: criou uma industria da repetência e outra da aprovação automática. Assim, a educação pública brasileira expulsa parte dos alunos ao longo dos anos, seja por meio da repetência ou da evasão.
Alguns dos problemas que o nosso país terá de resolver: evitar o abandono da escola e reduzir o analfabetismo da população de 15 anos ou mais que hoje ultrapassa os 10 %.
Para que tudo isto aconteça é preciso melhorar o investimento na formação dos professores e aumentar a qualidade do ensino fundamental. Mas para isso precisaríamos aumentar o investimento na educação, saltar do que investimos hoje - 3,9% do PIB - para no mínimo 6%.
Temos que convencer as nossas autoridades que SAÚDE e EDUCAÇÃO não devem ser apenas bandeiras eleitorais, mas compomissos durante todo o governo.

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