Carioca, nascido em 1949 no bairro de São Cristóvão, casado com a médica Maria de Fátima Pinheiro, dois filhos e dois netos, o médico-pediatra Paulo Pinheiro formou-se após cursar seis anos na Faculdade de Ciências Médicas da UEG (atual UERJ). Concluiu a pós-graduação em Pediatria da PUC na Policlínica de Botafogo, com o Professor Álvaro Aguiar, e tem os títulos de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria e de Administração Hospitalar pela UERJ. (Continua)

16 de jun. de 2008

Banco Mundial: Setor saúde do Brasil gasta mal, desperdiça e é mal gerido

Um estudo do Banco Mundial denominado "Desempenho hospitalar brasileiro" foi divulgado ontem em SP e reprovou os hospitais públicos e privados do Brasil. Segundo os autores do trabalho, o sistema de saúde brasileiro transformou os hospitais no centro do universo - "Sistema Hospitalocêntrico" - e ainda assim, seus serviços são muito caros e pouco eficientes.
Ainda segundo os autores, a transformação do hospital nesse centro nervoso da saúde causa um desperdício de recursos, porque o cidadão acaba sendo atendido em um equipamento público ou privado de alta complexidade, quando na verdade necessitaria apenas de um procedimento médico simples.
Dos R$ 196 bilhões gastos em saúde em 2006, 67% foram para os hospitais, quando a média da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) é de 55%.
O trabalho demonstra ainda que os modelos de governança, sejam públicos ou privados, que possuem mais automia, com responsabilização dos gestores, têm um desempenho melhor que os demais.
Este trabalho vem confirmar algumas teses que temos defendido nos últimos anos. Temos que investir mais recursos na Atenção Primária de Saúde, temos que profissionalizar a gestão e tirar os nossos hospitais das mãos dos apadrinhados políticos. Não é preciso privatizar a gestão da saúde para melhorar o seu desempenho. Podemos fazer contratualizações e uma política de metas para as nossas redes públicas de saúde.
Enfim, os 2 grandes inimigos da nossa saúde (má gestão e sub-financiamento), precisam ser enfrentados e vencidos pelos servidores públicos, com soluções que não precisam passar pelo necessária entrega da gestão aos mercantilistas da saúde.

Nenhum comentário: